Tecnologia israelense voltada a cegos e pessoas de baixa visão é vendida no Brasil pela Mais Autonomia e já está presente em bibliotecas públicas do país
via Revista Educação
Já imaginou as dificuldades que cegos e pessoas de baixa visão, que representam mais de 250 milhões da população mundial, segundo dados da OMS, possuem em seu dia a dia? Uma tecnologia israelense chega para dar um pouco de luz inclusiva para esse grupo por meio do pequeno dispositivo OrCam MyEye, que acoplado à haste do óculos funciona como uma espécie de scanner que transforma o que vê instantaneamente em áudio, lendo, por exemplo, um livro comum, jornal, placa de rua e lousa da sala de aula. Ele ainda reconhece cores e rostos. Tudo por meio de uma câmera e um computador de visão artificial.
Por conta do preço caro quem costuma adquirir, além dos órgãos públicos, são as escolas e instituições. “A FECAP comprou para um aluno e afirma que ele aumentou em 60% sua produtividade. Isso sem contar a alegria de ter autonomia para fazer o que antes era impossível”, revela o diretor da Mais Autonomia, Doron Sadka. Ainda sobre a aceitação das pessoas, o diretor conta entusiasmado: “isso tem o poder de transformar vidas. Prefeitos e governadores realmente se encantaram. Recentemente o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] de Santa Catarina comprou para sua funcionária e agora ela não precisa mais de ajuda”, declara.No Brasil quem o oferece desde o final de 2017 é a empresa Mais Autonomia. O valor ainda é inacessível à população, custa cerca de R$ 19 mil. Mas em São Paulo, por exemplo, que conta com cerca de um milhão de pessoas com algum tipo de deficiência, a prefeitura comprou o equipamento para bibliotecas públicas e centros culturais, dando de exemplo a Biblioteca de São Paulo, localizada no Parque da Juventude, a Biblioteca Parque Villa-Lobos e a Oficina Cultural Oswald de Andrade. A estimativa é que até 2020 todas as 54 bibliotecas tenham pelo menos um dispositivo. Em Uberlândia e Salvador também houve parceria com a prefeitura.
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