Foto: Gabriel Jabur/MEC
R$ 200 milhões serão investidos em cursos de mestrado e doutorado
Os interessados em conquistar bolsas de pós-graduação terão 1.800 novas oportunidades em 2020. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) assinou nesta terça-feira, 26 de novembro, um protocolo de intenções para investir R$ 200 milhões nas novas bolsas nos próximos quatro anos. Serão beneficiados cursos de mestrado e doutorado considerados estratégicos e de relevância para o desenvolvimento regional.
A definição dos cursos a serem atendidos será responsabilidade de cada estado brasileiro, que deve elencar as áreas que querem priorizar, como, por exemplo, energia, mobilidade urbana, saúde, meio ambiente e gestão. A partir dessa escolha, serão apontados pela Capes os programas de pós-graduação beneficiados.
Durante a coletiva de imprensa sobre o protocolo, o presidente da Capes, Anderson Correia, destacou que as medidas foram possíveis com a liberação de recursos do Ministério da Educação neste ano e ampliação do orçamento da Coordenação em 2020. “Vamos fechar o ano com chave de ouro: não apenas descontingenciando recursos, mas também reinvestindo na pós-graduação com foco nas diferenças regionais”, afirmou.
O termo foi assinado em parceria com Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que tem o objetivo de promover uma melhor articulação dos interesses das agências estaduais de fomento à pesquisa científica, tecnológica e de inovação no Brasil. A organização representa 26 fundações de amparo à pesquisa.
A iniciativa soma esforços para a elaboração de um programa de desenvolvimento estratégico da pós-graduação nos estados. Para isso, serão atendidos cursos considerados emergentes e em fase inicial de implantação, com notas 3 ou 4 na avaliação da Capes. A nota máxima dada pela coordenação é 7.
Para o presidente da Confap, Evaldo Vilela, a iniciativa é uma chance para que os programas melhorem e mudem de patamar. “A pós-graduação na CAPES evoluiu muito, viramos referência mundial. Mas, as necessidades de hoje são diferentes das do início do século. Então, nós temos que nos atualizar através de parcerias”, afirmou Vilela.
Pelo documento, as duas instituições assumem o compromisso de atuar de maneira articulada para a definição de um programa no prazo máximo de dois meses. Além do aporte de recursos, a Capes coordenará os trabalhos. Caberá ao Confap ajustar as ações a serem planejadas com os reitores, pró-reitores de pesquisa e pós-graduação, Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais e outros órgãos do Sistema Estadual de Pós-Graduação e do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.
A expectativa é de que as Fundações de Amparo à Pesquisa Estaduais atuem, em conjunto com a CAPES, na seleção das áreas estratégicas dos estados e dos cursos a serem apoiados, além de aportarem recursos de contrapartida – que podem variar de 20% a 50% – com custeio, capital ou bolsas.
Fonte: Ministério da Educação
Postado: Abime