12 de outubro de 2024
Abime
Inovação

Malala Yousafzai: por que luto pela educação

A pessoa mais jovem a receber o Nobel da Paz se considera sortuda por ser “a voz de 60 milhões de garotas sem acesso à edução.”

via National Geographic Brasil

Quando Malala Yousafzai nasceu, os habitantes de seu vilarejo paquistão ficaram com dó dos pais – ela não era um menino. Hoje com 22 anos, Malala é a pessoa mais jovem a receber um prêmio Nobel da Paz. Em sua jornada à fama mundial, ela enfrentou o Talibã quando ainda era uma blogueira de 11 anos, sobreviveu a uma tentativa de assassinato e co-fundou o Fundo Malala para apoiar projetos de educação em todo o mundo.

Como seria sua vida hoje se estivesse vivendo no Paquistão sem ter estudado?

Eu já teria dois ou três filhos. Tenho sorte de ainda não ser casada. Quando você não recebe uma educação, sua vida é controlada por outros. Quando tinha terrorismo e as meninas eram impedidas de frequentar a escola, meu medo não era de ser atacada por denunciar. Meu medo era viver uma vida na qual não eu poderia ser independente, ter uma educação, ser uma médica ou uma professora ou qualquer outra coisa que quisesse. Tinha medo da vida que muitas meninas têm hoje.

O que te deu coragem para falar pelas garotas?

Meus pais pais sempre me falavam que eu tenha o direito de falar, que eu tenho o direito a frequentar uma escola. Se outras garotas no vale do Swat, incluindo algumas das minhas melhores amigas, tivessem recebido esse direito de suas famílias, nós estaríamos aqui juntas clamando pelos direitos das garotas de ir à escola. O que quero dizer é que não sou uma garota especial diferente das outras. Tinha muitas meninas que poderiam falar melhor que eu, que tinham mais força que eu. Mas ninguém as permitiu falar.

O que as outras crianças podem fazer?

Eu me considero muito sortuda por estar nesta plataforma onde posso ser a voz de 60 milhões de garotas sem acesso à educação, mas acho importante que as crianças acreditem que suas vozes são poderosas. Não importa sua idade. Precisamos acreditar em nós mesmos. Se queremos mudar o futuro para melhor, temos que começar a trabalhar por ele agora. São milhões de crianças neste mundo. Se milhões de crianças se juntarem, elas podem criar um exército forte e nossos líderes teriam que nos ouvir.

FONTE: Série 3 Peguntas _ National Geographic Brasil | https://www.nationalgeographicbrasil.com/

Related posts

USP desenvolve microcomputador do tamanho de uma moeda

ABIME

Plataforma brasileira para surdos é uma das vencedoras de premiação global

ABIME

MEC lança programa Educação Em Prática

ABIME

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.