Veja propostas para transformar a educação e conectá-la aos adolescentes do século 21
Diagnóstico com os alunos: Realizar diagnóstico para saber quais são os interesses, desejos e necessidades dos estudantes e utilizar os resultados como base para o planejamento das práticas pedagógicas da escola e da rede.
Referências em práticas pedagógicas: Disponibilizar referências para que as escolas e os professores sejam capazes de conceber novas práticas pedagógicas e materiais didáticos; criar a cultura de troca de experiências entre professores e escolas da rede.
Aprendizagem contemporânea: Planejar e implementar práticas pedagógicas a partir dos interesses dos adolescentes e das necessidades do século 21, com o uso dos recursos e das tecnologias disponíveis na escola e na comunidade.
Estudante protagonista: Promover o uso de metodologias mais atrativas e ativas, em que os alunos sejam protagonistas; realizar atividades educativas que envolvam o aluno como construtor e condutor do seu processo de aprendizagem e desenvolvimento; investir na aprendizagem por autoria, trabalhando os componentes curriculares a partir de projetos construídos pelos próprios alunos.
Coautoria pedagógica: Criar e fortalecer mecanismos em que os estudantes sejam coautores de práticas pedagógicas, junto com seus professores.
Valorização dos estudantes: Valorizar os conhecimentos que os adolescentes já trazem consigo para a escola e as conquistas alcançadas no dia a dia, sempre acreditando no seu potencial.
Socialização: Propor e valorizar atividades educativas que gerem interação, colaboração e criação entre os estudantes.
Aprendizagem compartilhada: Estimular a prática de aprendizagem entre pares, criando momentos diversos em que os próprios alunos ensinam algo aos colegas.
Ressignificação do erro: Criar estratégias para ressignificar a noção de “erro”, de forma que seja percebido como necessário e orientador para o processo de desenvolvimento.
Reconhecimento: Reconhecer e celebrar as boas atitudes e conquistas dos estudantes.
Estímulo docente: Criar ambiente favorável à escuta, pesquisa, formação, estímulo e criação, para fomentar e apoiar professores no desenvolvimento e/ou implementação de práticas pedagógicas mais inovadoras; garantir carga horária para momentos de reflexão sobre a prática, rotina de estudo, identificação de lacunas, planejamento e construção de propostas.
Integração docente: Integrar a equipe docente em trabalhos pautados pelo compartilhamento, bem como pela criação e construção coletiva de conhecimentos.
Interdisciplinaridade: Promover projetos interdisciplinares, inclusive de ação continuada e de longo prazo; construir planejamentos por áreas do conhecimento, considerando e correlacionando os objetivos de aprendizagem de cada componente curricular.
Banco de referências e práticas: Criar um banco de metodologias, práticas e ferramentas para serem consultadas e adaptado à realidade de cada escola; disponibilizar essas referências em diferentes formatos e mídias (ex: imagens, som, escrita, vídeos etc), para facilitar o uso pelos professores; utilizar aplicativos de celular, site da secretaria de educação ou comunidade em redes sociais para divulgação do banco e das práticas na rede.
Compartilhamento de práticas: Promover espaços de compartilhamento de práticas entre professores, fortalecendo vínculos e estimulando a troca entre pares; apoiar educadores a sistematizar e monitorar suas práticas, construindo um sistema de documentação que facilite esse registro; incluir as práticas desses professores no banco de referências da rede.
Personalização: Desenvolver práticas pedagógicas diversificadas, que considerem o perfil, o ritmo e as especificidades de cada estudante, permitindo o aprendizado e o acompanhamento mais personalizado de cada aluno.
Experimentação: Desenvolver práticas pedagógicas que possibilitem aos estudantes colocar a “mão na massa”, aprendendo através de projetos, resolvendo problemas reais, criando e testando soluções concretas; promover atividades educativas que fomentem a experimentação, a inovação, a criação, o exercício da cidadania e o desenvolvimento integral dos alunos.
Pesquisa científica: Trabalhar projetos científicos com os alunos a partir de temas do seu interesse; estimular práticas de pesquisas com experimentação e reconhecimento de instituições de referência (feiras, exposições, concursos, parcerias com universidades etc.).
Tecnologias: Promover o uso pedagógico das tecnologias e da internet, utilizando-as a favor da realização de práticas mais inovadoras; usar a tecnologia de forma lúdica e criativa como ferramenta de estímulo ao engajamento, à aprendizagem e à colaboração entre os alunos; levar a tecnologia para a sala de aula e outros espaço da escola, extrapolando os limites do laboratório de informática.
Planejamento para a tecnologia: Realizar planejamentos específicos para o uso da tecnologia, definindo objetivos e formatos claros; estar atento para a rápida defasagem de ferramentas tecnológicas (computadores e tablets que ficam obsoletos); discutir com os alunos desejos e formatos para utilizar a tecnologia na escola de forma ampla; ampliar o entendimento e o repertório dos professores sobre os usos da tecnologia na educação.
Gamificação: Incentivar o uso de jogos na aprendizagem; planejar práticas pedagógicas utilizando a lógica dos games, incorporando elementos como aventura, competição e premiação.
Novas plataformas: Criar novas plataformas para apoiar a educação, como a “Centros Urbanos” e a “Faz Sentido“.
Sugestões de Atividades
Leitura: Criar programas que estimulem o prazer pela leitura entre os adolescentes.
Iniciação científica: Criar programas de iniciação científica nas escolas.
Seminários: Propor seminários em grupo com os alunos.
Sustentabilidade: Promover ações e projetos no tema sustentabilidade e relacionados a outras causas voltadas à melhoria do mundo, que gerem engajamento e educação para a cidadania.
Cinema na escola: Realizar projetos de produção de curtas-metragens sobre temas relacionados à realidade dos estudantes.
Matemática em debate: Promover rodadas de diálogo sobre matemática, com foco em aprofundar os porquês das fórmulas e operações e desconstruir estigmas e bloqueios que interferem na aprendizagem desse componente curricular.
Para além dos muros: Propor práticas pedagógicas que envolvam agentes e espaços externos à escola, conectando a aprendizagem com o território e a cidade; valorizar a cultura local na qual a escola está inserida; criar ações específicas para integrar a comunidade local nos projetos da escola.
Fonte: Por Vir – Inovações em Educação | http://porvir.org/
Postado por: ABIME | www.abime.com.br