Difundir o ensino da astronomia por meio da tecnologia é o ponto principal do trabalho desenvolvido pelas professoras Silvia Socorro Higa, Patricia Furlaneti Vizoni e Priscila Lobregat Takagui, da EMEB Professora Janete Mally Betti Simões, da rede municipal de São Bernardo.
O estímulo à observação do sistema solar e do funcionamento dos planetas gerou resultados expressivos e, em 2018, os alunos obtiveram 76 medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Atualmente, cerca de 1 mil alunos de 44 turmas participam das aulas, dos quais 800 estiveram na competição nacional.
A programação incluiu também a participação em um evento de lançamento de foguetes (MOBFOG), incluso na programação da OBA, que resultou em outras 47 medalhas para a escola.
Entre as ferramentas utilizadas no laboratório de informática da unidade escolar, localizada no Baeta Neves, estão vídeos e animações, pesquisas e diversos softwares e programas, como o Stellarium, Celestia, Google Earth, The sky live, Solar System Scope e Tux Paint.
Durante o processo, as professoras também apoiaram a adoção de processos de aprendizagem criativa, por meio da construção de protótipos utilizando diversos materiais, circuitos simples e motorização.
Na visão de Silvia Higa, a intenção do projeto é o de expandir a participação da comunidade do entorno. “Queremos atrair cada vez mais alunos e para isso queremos estimular a entrada dos pais nesse processo, por meio de eventos que podem ser realizados aqui na escola”, pontuou.
Já para a professora Priscila, a evolução dos alunos pode ser facilmente percebida ao longo dos dois anos de aplicação do projeto. “Apesar de trabalharmos conteúdos aplicados em sala de aula, detectamos um interesse cada vez maior dos alunos. Em alguns casos, temos crianças que conseguem excelentes notas em temas relacionados à astronomia e não vão tão bem em outras disciplinas. Existe uma paixão pelo assunto”, destacou.
Por sua vez, Patricia acredita que a participação na Olimpíada tende a aumentar nos próximos anos. “Observamos uma adesão maior neste ano em relação a 2017, quando tivemos 19 turmas na competição. Como passa a existir uma vivência maior dos alunos com esse tipo de projeto, acreditamos que mais crianças manifestarão interesse”.
A aplicação dos conceitos é feita como apoio aos conteúdos ministrados em sala de aula. As propostas de atividades surgiram na necessidade de aprofundamento dos conteúdos pertinentes à astronomia, pois é uma prática da escola a participação na OBA.
EFEITO – Para a secretária de Educação, Silvia Donnini, a utilização de ferramentas eletrônicas enriquece o currículo aplicado. “Temos como ideia principal ter o aluno como protagonista do processo de aprendizagem. Quando observamos uma participação maior das crianças em projetos como esse de astronomia é um sinal de que o estímulo tem dado resultado”, explicou.
O prefeito Orlando Morando destacou a relevância de iniciativas ligadas ao uso da tecnologia. “Vivemos em um mundo totalmente conectado e a informática auxilia muito o processo educativo. Em São Bernardo damos ênfase a esse tipo de projeto”, comentou.
Um dos objetivos da iniciativa foi o de fomentar a curiosidade e interesse dos alunos pelos temas relacionados à astronomia. Além disso, a aplicação dos conteúdos também considerou os conhecimentos e hipóteses prévias dos alunos sobre os temas relacionados à astronomia e a ampliação dos conhecimento por meio de fontes confiáveis de pesquisa.
CRIATIVIDADE – Neste ano, o município recebeu a visita de dois pesquisadores do MIT Media Lab (Laboratório de Mídias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos) e também enviou seis professoras à 1ª Conferência Brasileira de Aprendizagem Criativa, em Curitiba, no Paraná.
Desde janeiro de 2017, São Bernardo passou a oferecer estímulos ao ensino criativo e forneceu apoio aos projetos desenvolvidos pela rede.
DISPUTA – A OBA e a MOBFOG são eventos abertos à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais, sem exigência de número mínimo ou máximo de alunos, os quais devem preferencialmente participar voluntariamente.
Podem participar alunos do primeiro ano do ensino fundamental até alunos do último ano do ensino médio, sendo que da MOBFOG também podem participar alunos do ensino superior.
A OBA e a MOBFOG ocorre totalmente dentro da própria escola, tem uma única fase e é realizada toda ela dentro de um só ano letivo, deste modo os certificados e medalhas são recebidos pela escola no mesmo ano letivo.
Fonte: Portal da Educação de São Bernardo do Campo | http://www.educacao.saobernardo.sp.gov.br/
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